Mais uma gamela, mais um empate.

Realmente é muito diferente jogar num campo com todas as condições (como o nosso e mais alguns), ou jogar num campo como o de sábado e tantos outros por onde temos passado...
Por outro lado, a dureza que estas equipas impõem nos lances tem sido motivo de apreensão para aqueles que vêm o futebol distrital como um hobbie saudável. É inadmíssivel que alguns jogadores entrem nos lances "a matar" e os árbitros nada assinalem. Curioso é que alguns tentam aleijar os colegas e acabam por se lesionar eles próprios. Devia ser sempre assim.
Quando cheguei a Polvoreira já perdíamos por 1-0 e cedo percebi que muito dificilmente venceríamos este jogo. A equipa continua a mostrar um défice muito grande na hora de rematar à baliza. Vários jogadores, em boa posição, exitaram em chutar e perderam a oportunidade de empatar a contenda. Mas neste jogo, as alas funcionaram melhor e os nossos avançados ganharam muitos lances no seio da luta com os centrais vimaranenses.
Neste tipo de terrenos, quase não se desenham jogadas de futebol. É pontapé para a frente e depois a velocidade dos atacantes é que determina os lances de perigo.
Nesse aspecto, penso que a nossa defesa cometeu o erro de defender muito em cima e sem colocar os dianteiros contrários em fora de jogo, ou seja, dando possibilidades aos adversários de surgirem nas suas costas.


Guilherme Ramos foi expulso do banco, numa fase em que o árbitro parecia querer enervar a nossa equipa.

O 2º golo do Polvoreira nasce de mais um lance em que estamos balanceados no ataque e a resposta dos adversários bate na rede interior da nossa baliza. Não é a primeira nem segunda vez que isto acontece.
Nesta altura, os poucos e apáticos adeptos que acompanharam a equipa já não acreditavam na obtenção de qualquer ponto. Mas a atitude dos nossos jogadores continua a ser irrepreensível quer na vontade, quer na dignidade com que vestem a camisola xadrez. As alterações tácticas operadas por Guilherme Ramos facilitaram o surgimento de vários lances próximos da baliza do Polvoreira. Num desses lances Zé Carlos é derrubado na grande-área e o penalty assinalado é convertido por David Montenegro. Já depois do nosso guarda-redes Abreu ser (bem) expulso e de Duarte ter saído por lesão, novo lance dentro da área do Polvoreira resulta em grande-penalidade.Filipe Ferreira encheu o pé e a bola levava selo de golo, o nº16 do Polvoreira evita que a bola entre, com ambas as mãos. Penalty e respectivo vermelho. Mais uma vez David converteu em golo.
Tempo ainda para o Porto d' Ave trocar bem a bola (Rique e Jorge dinamizaram o ataque da equipa) e Careca rematar ao poste. Lita que foi para a baliza substituir Abreu, parecia um verdadeiro guarda-redes quando afastou remate perigoso para canto.
O árbitro teve alguma dualidade de critérios na 1ª parte prejudicando sempre a nossa equipa, mas foi correcto nos lances capitais, embora tivessem sido muito claros os lances de penalty na 2ª parte. Pela sua coragem, tem nota razoável.