Noite de glória em jogo para a história

No passado sábado, 11/11/2006, fez-se história no parque de jogos do G.D.P.A..
Pela primeira vez na história, o Porto d' Ave disputou em sua casa uma partida oficial em horário nocturno, com luz artificial devidamente licensiada.
Por volta das 21 horas a "Grande Bancada" contava na sua lotação com muitas centenas de espectadores, tendo enchido por completo até aos primeiros 10 m' de jogo.
Antes do início do jogo, a claque feminina ofereceu um ramo de flores à mulher do jogador Victor. O público apoiou a iniciativa saudando o Victor num desejo colectivo de uma recuperação rápida, dado o susto apanhado por todos os presentes em Gandarela.
A partida começou e o Porto d' Ave posicionou-se no terreno de forma clara, assumindo o domínio da partida.
Nos primeiros minutos, o árbitro inventou 2 amarelos para Rui Montenegro e expulsou-o.
Jaime foi agredido bárbaramente com uma cotevelada e o árbitro nada fez. Resultado desta agressão Jaime teve que ser substituído por Rique e recolhido nos balneários perdeu os sentidos.
O árbitro mostrava a sua vontade de ajudar o Pica quer em situações demasiado claras, quer nos pequenos pormenores.

Equipa entrando em campo no jogo com o Pica


O intervalo chegou, os adeptos portodavenses mostravam feições de revolta.
Mas a equipa serenou. Encarou a face do Pica. Olhou o Pica de frente e actuou: "Querem luta? Então vamos à luta."
Os meus adjuntos garantem-me que estavam vários árbitros de Fafe junto dos adeptos do Pica em franco convívio. E que foi uma actuação estranha do árbitro, isso todos viram. O nº 2 do Pica agrediu a pontapé Abreu, fingindo tentar tocar numa bola, ja fora de tempo. Mas o árbitro só o expulsou mais tarde, quando a "roubalheira" estava a roçar a "palhaçada" e se ouviam vozes para que a equipa abandonasse o terreno de jogo.
O Porto d'Ave partiu para cima deles e pouco depois a obra de arte aconteceu:
Zaho marca um golo que nem na 1ª liga é normal se ver.
A "Grande Bancada" estava ao rubro, as pessoas abraçavam-se efusivamente e até os mais calmos gritavam o nome do Porto d' Ave incentivando os jogadores.
Lita que foi agredido com uma cabeçada (mais uma impunidade), também fez um grande trabalho na esquerda e deu lugar a Joel (nº14).
O nº 14 entende-se bem com Jorge e na cara do golo vê assinalado um fora-de-jogo inexistente.
A luta continuou até ao fim dos 90 m', mas o meio-campo aguerrido e a defesa concentrada evitaram calafrios a Abreu.
No final, os jogadores agradeciam o apoio e dedicavam a vitória ao Victor...
Grande festa que quase acabou mal por vontade dos atletas e dirigentes do Pica que desafiaram tudo e todos, deseperados com uma derrota que parecia não estar nada prevista pelos seus responsáveis (e acompanhantes). Talvez tivessem alguma garantia que saiu furada.