MERECÍAMOS MAIS NA CASA DO LÍDER

Mais uma excelente prestação dos jogadores do Porto d'Ave, desta vez no terreno do líder do campeonato, o Famalicão. O homens comandados pelo único treinador a sério do desafio, o Mister João Fernando, voltaram a demonstrar que não é com orçamentos elevadíssimos (que na maior parte dos casos são insuportáveis para os clubes) que se constroem grande equipas. Foi com olhos nos olhos que os nossos jogadores disputaram os três pontos neste difícil terreno e durante noventa minutos nunca viraram a cara à luta. Mas a estrelinha de campeão estava do lado do Famalicão que consegue adiantar-se no marcador aos vinte minutos de jogo quando nada tinha feito para o conseguir. Perante a desvantagem os nossos jogadores arregaçaram as mangas e tornam-se donos jogo com o adversário a limitar-se a jogadas de contra-ataque. Aos trinta minutos de jogo acontece a mais flagrante oportunidade do Porto d'Ave na primeira parte, num cruzamento pelo lado direito, Joca faz um cabeceamento em que a bola sobra para Victor em que este novamente de cabeça cria perigo, com a bola a cair em cima da rede da baliza.Na segunda parte o ascendente do Porto d'Ave torna-se ainda mais evidente e a equipa que lidera o campeonato é obrigada a jogar no seu meio campo por imposição do futebol praticado pelos jogadores axadrezados. Aos dez minutos Pautilha inicia uma jogada pelo lado esquerdo, faz uma tabela e adianta-se para executar um excelente cruzamento, mas Joca não dá o melhor seguimento à bola. Aos trinta minutos, Careca é chamado a executar um livre a cerca de trinta metros da baliza e a bola ainda chega a roubar alguma tinta da barra. Enquanto o jogo não terminava acreditava-se que o golo do empate podia surgir para colocar justiça no resultado, mas foi o Famalicão que ainda aumentou a vantagem num lance de contra-ataque já nos descontos. Quanto ao arbitro do jogo, este já nos é familiar e nós sabemos o que o move no futebol. Não vou falar muito dele porque essa “coisa” nem é digna de ser aqui representada, mas para que se saiba, entre muitas coisas perdoou o segundo, terceiro e quarto amarelo ao numero catorze do Famalicão. O nosso próximo adversário é o Martim, que nos impôs uma derrota para o campeonato com dois golos de Manaus e também nos eliminaram da taça com um golo do árbitro da partida, provando com isto que aquela equipa não é só Manaus. Neste jogo da taça fomos recebidos de forma terceiro-mundista, em que estrategicamente foram colocados uns energúmenos atrás do banco de suplentes do Porto d'Ave com o objectivo de insultar o nosso Mister. O facto deste triste comportamento ter sido protagonizado por pessoas com insuficiência neurónica não desculpa a atitude daqueles que os usaram para tentar impedir o normal desempenho do nosso treinador. Por isso no próximo Sábado temos que dar a educação que esta gente precisa para que o futebol deixe esta marca denegrida que alguns dirigentes sem qualquer preparação para o cargo insistem em manter. Portodavenses, no próximo Sábado pelas vinte e uma horas vamos todos mais uma vez gritar repetidamente o grande nome do Porto d'Ave e levar de vencido este adversário. Força Porto d'Ave.
Tília Maior
......................................................................
No final do jogo em Famalicão um jovem com evidentes perturbações psíquicas dirigiu-se a mim com insultos e ofereceu-me uma cerveja de forma desadequada, pois atirou-ma á cara toda duma vez. Este foi um caso isolado dum jovem que apesar de usar um cachecol com as cores do Famalicão não se tratava dum adepto daquele clube pois aquilo não era adepto de coisa nenhuma. Este jovem precisa de ajuda, porque estas frustrações normalmente são provocadas por falta de afirmação e rejeição na sociedade. Também, e apesar da sociedade ter evoluído e tornar-se cada vez mais tolerante com aqueles que sexualmente mantem tendencias minoritárias, certos jovens continuam a não conseguir desbloquear-se e continuam a fechar-se numa caixa libertando as suas raivas das mais variadas formas como esta que acabo de descrever. Para os casos da falta de coragem para assumir essa possível tendencia sexual, não sei que conselho lhe dar, mas quanto evidente demência aconselho-o a procurar ajuda e digo-lhe que existem casas de recuperação muito boas em Portugal, e quando diagnosticado o problema e após o tratamento adequado, por vezes conseguem-se resultados surpreendentemente positivos. No caso deste jovem não digo que possa ficar a ser uma pessoa normal, isso nunca, mas quando estiver quieto e calado pode parecer.Em relação a este episódio deixo aqui os meus agradecimentos a todas as pessoas que se prontificaram a reprovar este triste comportamento deste perturbado jovem. Se não fosse a atitude dum Senhor que vestia um casaco amarelo talvez eu a esta hora ainda não estivesse a escrever esta crónica. Muito obrigado a este senhor e a todos os outros que me ajudaram. Um abraço para os verdadeiros Famalicenses.
Tilia Maior