Outros ventos ditaram a derrota do Porto d'Ave contra o Taipas

Porto d'Ave - 1

Taipas - 2

O Grupo desportivo perde em casa contra o Taipas, num jogo arbitrado por um sujeito armado em Robin dos Bosques mas ao contrário, uma vez que este veio roubar os pobres para dar aos ricos. O nosso adversário conhece a equipa orientada pelo Mister João Fernando e sabia que o chorudo orçamento do seu plantel não era suficiente para levar a melhor sobre o Porto d'Ave, por isso precaveram-se e foi com outras forças que se apresentaram neste jogo onde só a vitória os mantinha na luta pela subida. Uma bancada bem composta assistiu a um desafio que termina com uma grande injustiça no resultado.
O axadrezados entram melhor na partida e aos três minutos Vitinha faz uma jogada individual que está ao alcance apenas dos melhores,(e ele é sem dúvida dos melhores) e depois de fazer gato-sapato da defensiva adversária prepara o remate para o golo e é “ceifado” onde tinha apenas o guardião Michael pela frente. Penalty sem espinhas em que o árbitro arranca um coro de insultos da bancada quando troca o cartão vermelho pelo amarelo. (Não conheço todas as regras do futebol, por isso gostava que alguem me dissesse a partir de que minuto se pode exibir a cartolina vermelha.) Com a bola na marca do grande castigo, é o próprio Vitinha quem é chamado a converter e executa-o na perfeição. Um a zero muito festejado pelo público. O Taipas perante a desvantagem começa a tentar criar lances de perigo, mas os nossos jogadores iam chegando para a encomenda, à excepção dum lance pelo lado esquerdo aos vinte minutos em que Clemente faz uma defesa apertada e a bola fica parada num charco (o sintético ainda não veio por isso o campo tem charcos) mas é aliviada para canto. Como estava difícil a tarefa do nosso adversário, o tal Robin dos Bosques ao contrário resolve dar uma ajudona e quando o nosso defesa Jaqques é empurrado na nossa área ele mete o apito na boca mas ao ver que pode não haver outra oportunidade volta a tirá-lo e deixa o Taipas fazer o golo do empate num lance que envergonha a arbitragem e o futebol em geral. Não foi preciso esperar mais de três minutos para se assistir ao golo que colocava injustamente o Taipas em vantagem, quando a nossa equipa ainda não se tinha recomposto daquele roubo. Antes do intervalo o Porto d'Ave volta a mostrar que era superior e só não desfaz a desvantagem por muito azar e não só. Um lance em que Vitinha tem tudo para fazer golo e não leva a melhor sobre o guardião adversário e num lance em que o defesa Pesca defende dentro da grande-área com a mão mas mais uma vez o rapaz do apito mostra para o que veio e nada assinala (a não ser que também exista uma regra que eu não conheça que impeça de marcar dois penaltis no mesmo jogo a favor duma equipa). O perigo volta a rondar a baliza adversária num livre marcado por Vitinha em que a bola cai perto de Dúnio dentro da pequena área mas este não estava em posição de rematar, e mais uma vez Michael ganha o lance.
Para a segunda parte o Mister João Fernando deixa o lateral direito Pedrinho no balneário e faz entrar Filipe Ferreira para o ataque. A partir daqui só deu Porto d'Ave que encurralou a equipa adversária no sector defensivo apostando apenas em lances de contra-ataque mas sempre fáceis de resolver para a equipa da casa. Aos quinze minutos num cruzamento pelo lado direito, a bola cai nos pés de Luís Manuel que remata para mais uma grande intervenção de Michael. Nova mexida na equipa em que Joca entra para o lugar de Meira que acabava de se lesionar. O Porto d'Ave estava muito forte e adivinhava-se a reviravolta no resultado quando o “rapaz” do apito decide acalmar os nervos dos forasteiros e inventa uma falta que mais ninguém viu e expulsa o nosso avançado Zé Carlos. Escândalo atrás de escândalo era o que este trio fazia sempre que intervinha no jogo. Nova substituição em que Neves entra para o lugar de Vitinha que na primeira vez que toca na bola faz um remate perigoso na esquina da pequena-área mas passa ligeiramente por cima. Mas mesmo com dez, os homens liderados por João Fernando que não parava de os motivar, continuaram a ser superiores, com o adversário limitar-se a queimar tempo com a permissão do tal “rapaz” do apito. Já nos descontos voltou-se a assistir a mais uma grande oportunidade em que Neves faz um cabeceamento obrigando novamente a uma grande intervenção do guardião adversário como se este tivesse vindo ao nosso estádio provar que merece cada milhar de euros que aufere naquele clube.
È difícil aceitar um resultado tão injusto como este quando se percebe que não foi apenas o factor sorte que atribuiu os três pontos ao nosso adversário. Outros ventos sopraram naquele recinto e é uma pena que no futebol continue a haver lugar para pessoas que não gostam de futebol.
No próximo Domingo temos mais uma tarefa difícil, desta vez em Famalicão contra o líder do campeonato. A mobilização tem que ser geral, e naquele recinto o nome do Porto d'Ave tem que ser mais audível que qualquer outro. Com o empenho que os nossos jogadores demonstraram neste jogo e caso não se façam sentir os ventos extra futebol com que nos deparamos hoje, a tarefa de somar mais três pontos pode ser uma realidade. Os nossos jogadores já deram provas que são capazes de fazer coisas grandiosas e uma vitória em Famalicão seria um prémio que lhes assentava bem por tudo que tem feito ao longo da época. Para isso ser possível é necessário ninguém deixar de marcar presença no estádio do Famalicão no próximo Domingo a partir das dezasseis horas.

Tília Maior